sábado, 24 de agosto de 2013

Alguns esclarecimentos sobre a Terapia Cognitiva-comportamental

O que faz a Terapia Cognitiva-Comportamental tão eficiente?
As intervenções psicossociais efetivas compartilham certas características. Elas permitem que o foco seja colocado em problemas atuais e relevantes para o paciente; trabalham de acordo com um modelo claro e estruturado e um plano de tratamento. Além disso, o processo terapêutico acontece numa relação efetiva com o terapeuta. A Terapia Cognitiva-Comportamental é fundada nesses princípios e é essencialmente uma abordagem psicoeducacional. Seu propósito é que os pacientes aprendam novas habilidades de lidar com situações práticas de sua vida e que utilizem essas novas habilidades em diferentes situações de sua vida.
Trabalhamos de forma colaborativa e isso encoraja os pacientes a trabalharem nas mudanças importantes para suas vidas.
Circunstâncias nas quais a Terapia Cognitiva-Comportamental é indicada
1-   O cliente prefere fazer psicoterapia (com ou sem uso de medicamento);
2- Pensamentos extremos e disfuncionais estão presentes;
3- Há redução de atividades e comportamentos de evitação;
4- O medicamento não proporcionou melhora ou essa melhora foi apenas parcial;
5- O medicamento apresenta efeitos-colaterais que limita seu tempo de uso;
6- Há problemas psicossociais que são significantes (exemplo: problemas de relacionamentos, dificuldades no trabalho ou comportamentos desajustados como abuso de álcool e se cortar).
Os estilos de pensamentos disfuncionais
Pessoas com depressão ou ansiedade tendem a ter certas características de pensamento em comum
Elas ignoram os seus pontos fortes, tornam-se muito autocríticas e têm um preconceito contra si mesmas, pensando que elas não podem enfrentar dificuldades;
Elas se debruçam inutilmente sobre passado, presente ou problemas futuros;
Colocam uma inclinação negativa nas coisas, usando um filtros mentais negativos que incidem apenas sobre as suas dificuldades e falhas;
Elas têm uma visão pessimista do futuro e avaliam as coisas de forma desproporcional: fazem previsões negativas sobre como as coisas vão funcionar e saltam para a pior conclusão (catastrofizam);
Elas leem as mentes de outras pessoas e adivinham que os outros pensam mal deles e raramente verificam se isto é verdade;
Elas se sentem injustamente responsáveis se as coisas não saem bem (tendo toda a responsabilidade) e levam as coisas a sério;
Elas fazem declarações extremas e têm elevados padrões que quase sempre são impossíveis de cumprir;
Possuem regras, como: Eu devo/tenho/tenho que ...
No geral, seus pensamentos se tornam extremos, inúteis e fora de proporção.

Relação entre eventos, pensamentos, emoções e sensações físicas e comportamento
Situação, relacionamento ou problema prático
Pensamento alterado
Estilo de pensamento prejudicial
Alterações emocionais ou sintomas físicos
Comportamentos alterados
Você é convidado para uma festa
“Vai ser horrível. Não vou ter nada a dizer”.
Indo para a pior conclusão.
Ansiedade.
Não vai à festa (evitação).
Você está se sentindo deprimido e seu médico lhe prescreve alguns medicamentos.
“Isso não vai fazer nenhuma diferença na forma como eu me sinto”.
Previsão negativa com relação ao futuro.
Acaba se sentindo mais deprimido; sente-se desanimado e abatido e isso diminui sua energia.
Você não compra o medicamento.
Durante uma conversa você se preocupa com o que essa pessoa está pensando sobre você.
“Ele não gosta de mim e acha que eu sou um idiota”.
Leitura mental & visão pessimista;
Ansiedade, sintomas físicos (ficar vermelho, suor frio, calor).
Enquanto fala você evita contato visual e termina a conversa de forma abrupta; evita falar com essa pessoa novamente e se isola.